quarta-feira, dezembro 20, 2006

 

Fotografe...

Pare e relembre: qual o melhor momento da sua vida?
Não é difícil encontrar para essa resposta algo do tipo "Nossa! Vários..." ou "Nem sei, foram tantos...". Se pensou isso, então me descreva com detalhes ao menos um deles. Difícil, não?
Outro dia parei para pensar e percebi que boas lembranças não ficam na memória. Talvez pelo momento de euforia que normalmente estamos, talvez pelo fato de guardarmos mais a sensação do que o momento em si.
Agora faça a mesma coisa com o pior momento da sua vida. É impressionante como enxergamos cada passo desse momento. Com quem foi, onde foi, como foi, como estava, enfim, sabemos.
Talvez esse seja um mecanismo de defesa mesmo, de evolução da nossa espécie. Sim, por que ao guardar um momento ruim, você irá evitá-lo sempre e ter medo que lhe aconteça de novo. E assim nos resguardamos, fugimos, evitamos, desviamos, fazemos o possível e o impossível para que nada de parecido venha e, então, sobrevivemos.
Mas e os bons momentos? Será que não temos “espaço” suficiente no cérebro para guardá-lo? Minha resposta é: não sei, mas tenho uma recomendação. Fotografe! Tenha sempre a mão uma máquina, por mais vagabunda que seja, sendo bom de desenho, tenha um papel e lápis na mão. Uma imagem vale mais do que mil palavras e serão elas que, no futuro, puxarão as boas lembranças, os bons momentos.
Guarde fotos de amigos, de lugares, de acontecimentos, de expressões e de você! Sim! De você! Mas não com intuito de se criticar no futuro, mas com intuito de, um dia, passar sua vida de novo e ver quantos bons momentos você já teve comparado com os poucos ruins em sua memória, para então deixar de sobreviver e, com toda a certeza do mundo, viver.

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