quarta-feira, outubro 18, 2006
Facilite a Ultrapassagem
Viajo muito – quase sempre de carro – e é no transito que mais observo as pessoas e o trafego. Talvez esse venha a ser um assunto até meio repetitivo nesse blog, já que é lá, atrás da direção, que mais me indigno.
Recentemente fui viajar para praia. Passando pela Rodovia Tamoios, reparei em uma placa onde se lia: “MOTORISTA, FACILITE A ULTRAPASSAGEM”. Achei engraçado, será que deveria existir uma placa dessa?
Digo isso porque facilitar a ultrapassagem deveria ser obrigação de qualquer pessoa habilitada a dirigir. Então porque temos que colocar uma placa lembrando-as desse fato?
A verdade é que atrás do volante as pessoas se transformam, o mundo se torna uma competição, estamos sempre numa corrida maluca, na qual o carro ao lado está lá para me tirar da primeira posição. Não é engraçado isso?
Lembro-me bem de um desenho do Pateta – sim, aquele do Walt Disney – que mostra isso muito bem. No início ele está de pedestre, todo educado e cordial, mas quando entra em seu carro até sua expressão facial muda, como se estivesse possuído.
No final acho que o que acontece é isso mesmo: as pessoas ficam possuídas. Possuídas pelo poder da potência de seus carros, pela aparente invulnerabilidade que ele nos dá, pela vontade de testar os limites e chegar antes de todos ao seu destino.
Isso tem um porquê? Vai saber... Talvez sejamos todos doidos mesmos, mas vale a pena pensar no que queremos, quais riscos estamos nos expondo e, pior, expondo os outros.
Recentemente fui viajar para praia. Passando pela Rodovia Tamoios, reparei em uma placa onde se lia: “MOTORISTA, FACILITE A ULTRAPASSAGEM”. Achei engraçado, será que deveria existir uma placa dessa?
Digo isso porque facilitar a ultrapassagem deveria ser obrigação de qualquer pessoa habilitada a dirigir. Então porque temos que colocar uma placa lembrando-as desse fato?
A verdade é que atrás do volante as pessoas se transformam, o mundo se torna uma competição, estamos sempre numa corrida maluca, na qual o carro ao lado está lá para me tirar da primeira posição. Não é engraçado isso?
Lembro-me bem de um desenho do Pateta – sim, aquele do Walt Disney – que mostra isso muito bem. No início ele está de pedestre, todo educado e cordial, mas quando entra em seu carro até sua expressão facial muda, como se estivesse possuído.
No final acho que o que acontece é isso mesmo: as pessoas ficam possuídas. Possuídas pelo poder da potência de seus carros, pela aparente invulnerabilidade que ele nos dá, pela vontade de testar os limites e chegar antes de todos ao seu destino.
Isso tem um porquê? Vai saber... Talvez sejamos todos doidos mesmos, mas vale a pena pensar no que queremos, quais riscos estamos nos expondo e, pior, expondo os outros.